Acabei de saber que a Spooky, a tal cadelinha que foi vítima de negligência contraceptiva, tem seis cãezinhos, à espera do fim do mês para nascerem. Quatro, já têm dono.
Vá láááááá...!! Só faltam dois...
................................................................#.................................................................
Depois de ler o editorial da Máxima, e a crónica de Alçada Baptista, ocorreu-me dissertar.
No geral, concordo com tudo o que foi escrito - ou, como diria AC, com a totalidade de Laura Luzes Torres e com a totalidade de Alçada Baptista. (A propósito, continuo sem saber se o ilustre AC concorda, ou não, com a minha posição...) :)
Mas há uma questão, quanto a mim, assaz importante, que nunca vejo referida nas várias abordagens a este tema.
É um facto, que a emancipação feminina tem a sua génese nas atitudes feministas, no empenho das mulheres em levar a cabo a conquista da igualdade de direitos.
MAS, meus amigoszzzzzzz... hmmm!... Acajo bos ocorre, ainda que pontualmeinte, que a educação dos homeszzzzzz, e a manutenção de atitudes catalogadas como machistaszzzzz, são da responsabilidade das mulhereszzzzs? Hmm?! Ah, poiszzzzz é...!
Não querendo tirar o mérito a quem contribuiu, fosse de que forma fosse, para que hoje possamos votar e ocupar cargos importantes na sociedade, não vejo a situação actual únicamente como uma conquista feminina. Vejo-a, também, como tendo sido uma possibilidade, aberta pelos homens que, inteligentemente (diga-se de passagem e em abono da verdade), perceberam a igualdade (e até a superioridade, eventualmente) de capacidades das mulheres.
Agora..., não me venham com coisas...
A diferença entre homens e mulheres é saudável e exigível, sob pena de nos tornarmos, todos, pseudo-homossexuais. (eu, pelo menos, virava mesmo! Mal por mal, prefería aturar uma mulher. Sempre me lavava a loiça como deve ser, de vez em quando.)
Sou completamente contra as atitudes que transformam as mulheres em seres acéfalos, desprovidos de vontade própria. Mas isso não quer dizer que ande por aí a queimar soutiens (até porque dão imenso jeito, quando se salta...).
Quanto ao artigo da Máxima que pretendia comentar, há dois ou três dias atrás, ele aqui está:
Como sabem (e ai de alguém que não saiba!), no post (não sou muito dada a estrangeirismos, mas estou cansada de escrever "artigo", neste arti... post!) do dia 3 de Fevereiro mencionei uma característica minha, relacionada com o perfeccionismo.
Apesar de não me ter revisto no artigo da revista (cá estão o masculino e o feminino a disputar a liderança), senti-me picada, e até, imaginem!, indignada, com algumas ideias que o mesmo transmite.
"(...) Quando há uma grande distância entre aquilo que nós consideramos ser - o ideal do eu - e aquilo que almejamos ser - o eu ideal -, a pessoa nunca está satisfeita. Mesmo quando atinge objectivos e tarefas às quais se propôs - em geral importantes e que até levam ao amadurecimento -, não se sente feliz ou realizada e vive em constante desilusão"
Eu não sou psicóloga (a autora destas frases, é-o), mas tive formação nesta área, e parece-me abusivo transmitir a ideia de que o "ideal do eu" e o "eu ideal" são, na maioria das vezes, incompatíveis. Além disso, não vejo como consequência obrigatória, a desilusão por almejarmos muito mais do que aquilo que possuímos.
Alguns parágrafos depois (parágrafos uma ova! Nem um vi! Mas não posso falar muito, porque também não os ponho aqui... - isto é o que, usualmente, se designa por "perder uma excelente oportunidade para estar calada"), pode ler-se:
"(...) A perfeição passa então do sentido estático ao dinâmico. A questão está não na busca da perfeição mas num aperfeiçoamento. (...)"
Ou eu muito me engano, ou a questão está também na ausência da busca de pontuação!!
(Já viram bem aquela frase? Quando a li pela primeira vez, entrei de urgência no hospital, para me serem administrados alguns litros de oxigénio.)
E depois, ainda há outra coisa...
Intrigada com a profundidade da afirmação, fui buscar um dicionário. Abri-o e, após uma breve procura, cheguei mesmo a deitá-lo para o lixo (Perdão. Para o papelão).
Acabei por pensar melhor e concluí que, na volta, até era o dicionário que estava certo... Senão, vejamos:
"Aperfeiçoamento, s. m. acto ou efeito de aperfeiçoar; acabamento; melhoramento; progresso."
"Aperfeiçoar, v. tr. tornar perfeito; (...); acabar; (...)."
Então, a questão é esta:
A busca da perfeição, não.
O aperfeiçoamento, sim.
São coisas COMPLETAMENTE diferentes...
Fiz bem em dar um voto de confiança ao meu dicionário, ao tirá-lo do lix... do papelão, não fiz?
PS: Angel, querida, eu sei, eu sei... também há artigos bem escritos e bem fundamentados, na Máxima. Na realidade, tenho andado com uma neura daquelas... e era imperativo, para o meu bem-estar psicológico, implicar com alguma coisa... :)
De Anónimo a 18 de Fevereiro de 2005 às 23:50
Caro Calvin:
Já tinha percebido o que querias dizer, no comentário anterior. E até concordei contigo. Mas quis testar a tua capacidade de argumentação e adoptei uma atitude de "finca pé",só para ver no que dava. :) A verdade (verdadinha), é que me deixei influenciar por um outro artigo - este, da Pais&Filhos - que abordava a questão da maternidade e do que esta representava, em termos de modificações definitivas, para o corpo feminino. O artigo da Máxima, apesar de poder ser aplicado a outros campos, era dirigido, essencialmente, aos casos de busca da perfeição estética, imposta pelos parametros da nossa sociedade. Nesse aspecto, obviamente, concordo plenamente com a autora das frases. Igualmente, no que se refere a aspectos da vida pessoal - como querer ter filhos no momento perfeito, dentro da relação perfeita, etc. - concordo que a busca da perfeição, nada mais faz do que contribuir para sucessivos adiamentos e consequente frustração. O que eu não acho produtivo (e por isso terei sido mais crítica), é dar às pessoas que não se preocupam com o auto-conhecimento e auto-aperfeiçoamento, mais motivos para que continuem assim. É que, isto está tão mau...! Se mais pessoas investissem na própria evolução, talvez passasse a haver mais gente a dizer "Pode ser melhor, mas já está óptimo assim."
Às tantas, é algum recalcamento... :)sofia
(http://blogseve.blogs.sapo.pt)
(mailto:blogsofia@sapo.pt)
De Anónimo a 17 de Fevereiro de 2005 às 23:58
Mas eu não li a Máxima... :o) Quando estabeleces uma 'meta de perfeição', já estás a arranjar um compromisso entre um ideal utópico e um objectivo tangível. É uma estratégia como outra qualquer. Eu acho que ter um objectivo inalcancável não é uma coisa negativa se estivermos conscientes dessa distância. Alguém que trabalha no sentido da perfeição, poderá ficar frustrado ao não atingi-la (busca da perfeição) ou poderá ficar satisfeito por ter dado o seu melhor e chegado ao seu limite (aperfeiçoamento). Não há coisas perfeitas, há apenas maneiras de lidar com a nossa imperfeição, e acho que é nesse sentido (na atitude face à perfeição) que a autor estabelece a diferença. E agora, vou atirar esta imperfeita carcaça para cima da cama que amanhã é dia de um também imperfeito trabalho. :o)Calvin
(http://ummundomagico.blogs.sapo.pt)
(mailto:o.calvin@sapo.pt)
De Anónimo a 17 de Fevereiro de 2005 às 23:06
Ouve lá...! Mas quem te mandou ler a Máxima??:)
Não estou de acordo contigo, Calvin, pelo seguinte:
Isso é partir do princípio que a perfeição, por ser estática, ou seja, um fim em si mesma, é um objectivo impossível. Eu continuo a achar que a perfeição pode ser atingida, quando a meta é definida por ti, apenas. Não é a perfeição total, absoluta. É a perfeição que pretendes, naquele momento, naquele aspecto particular da tua vida. A não ser que estejamos a falar de um perfeccionismo patológico - e nesse caso não se é perfeccionista, é-se doente -, não vejo que exista um problema em querer atingir a perfeição, indo um pouco mais além do mais perfeito que se pode arranjar. Aperfeiçoar uma coisa, é (quer se queira, quer não), torná-la perfeita. De outro modo, estaríamos a falar da diferença entre ter o suficiente, e ter o que se pretende.sofia
(http://blogseve.blogs.sapo.pt)
(mailto:blogsofia@sapo.pt)
De Anónimo a 17 de Fevereiro de 2005 às 22:24
Querida Sofia, estou totalmente de acordo ;o) com a primeira parte do teu pos... arti... texto. As mulheres e os homens são diferentes, ponto final. * Quanto à perfeição e ao aperfeiçoamento, acho que consigo perceber a ideia que a senhora quis passar, independentemente das questões léxicas. O que eu julgo que ela quer dizer é que a frustração de não se conseguir atingir um estado ideal é precisamente o motor para que se tente a melhor aproximação possível a esse estado. Não me parece que ela faça uma distinção absoluta dos dois termos (busca da perfeição/aperfeiçoamento) mas introduz-lhes uma subtileza que os afasta num contexto bem definido.Calvin
(http://ummundomagico.blogs.sapo.pt)
(mailto:o.calvin@sapo.pt)
De Anónimo a 17 de Fevereiro de 2005 às 19:55
vou ler o ertigo. Saíram a máxima, a Elle, a Lux na mesma semana, e eu acabei por ainda não ter lido nenhuma... depois dou-te uma opinião... jokinhas - Angelangelkitten
(http://www.donadecasa.blogs.sapo.pt)
(mailto:angelcat@netvisao.pt)
Comentar post