Sexta-feira, 1 de Março de 2013
Eu e o tempo temos uma relação normalíssima e intelectualmente estimulante.
Muito estimulante, por acaso.
Eu digo "Há-de nevar" e o tempo, atento, acaba com as nuvens no céu e
com as temperaturas polares.
À primeira vista, parece que está apenas a contrariar-me. Mas não. Nada disso.
O tempo percebe que o meu "Há-de nevar" não é um desejo. É sarcasmo.
Coisa que nem eu tinha percebido até ver o céu limpo e sentir o calor
a espreitar timidamente.
Eu digo "Há-de nevar" e o tempo responde-me, de forma meiga e genial,
"O que tu queres sei eu..."