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Just in Case
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Agora que ele se instalou - e todos os anos me acontece o mesmo, não percebo porquê nem sei se só me acontece a mim esta coisa de Setembro se instalar - volto a lembrar-me das algas espalhadas pela areia e da fúria do mar.
Passados quase trinta anos, o dia de hoje é exactamente igual ao que trago na memória.
Cada mês tem um dia que o representa, na minha cabeça. E cada dia uma palavra que o define.
Setembro. Algas. A maré cheia.
O mar a enlouquecer e a reclamar toda a areia da praia (que é dele, não há dúvidas).
Setembro. Fúria.
Blue Moon
Última noite de Agosto de 2012, brisa quente.
Levo o telescópio para a rua, Lua na mira, ampliação no ponto.
Chamo as crianças.
Madalena: - Pronto, já vi. A Lua é branca. Já podemos ir continuar a brincar?
Maria: - Tão linda... Mas está branca. Agora vou para dentro.
Marta: - Mas mãe, a Lua está branca!!! Quero ver a Lua Azul.
- Sim, a Lua É branca. A designação Lua Azul é só porque é a segunda Lua cheia no mesmo mês. Mas pediste para a ver no telescópio e eu...
Marta (a contestatária resistente): - Desculpa, mas eu quero ver a Lua Azul. Isto não é uma Lua Azul. A Lua Azul tem de ser azul, como nos Smurfs.
Para a próxima (que há-de ser em Julho de 2015), levam com celofane azul na lente e hão-de fazer figura de estrumpfinas alucinadas durante uns dias.
(... a não ser que eu perca a coragem e lhes diga a verdade antes)