Cinco estrelas
Família
Amigos
Diafragma & Fotoescrita - RIP
Relógio parado - RIP
Outros
Troca de olhares - RIP
Frota A310 - RIP
Miúdos
Just in Case
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Ou foi toda a gente de férias, ou foram só os neurónios...
... Mas que isto está muito parado, está.
Caso para dizer
NÃO ABANDONE O SEU BLOG
Felizmente, há os que continuam cá, mesmo não estando aqui e os que nunca chegam a ir.
Verdadeiros oásis.
Nem perguntem...
A partir de agora, qualquer palavra que insista em não sair da minha cabeça, tem o destino traçado.
Com esta, ainda tentei negociar. Mas depois de perceber que, em vez de ajudar a eliminá-la estava a pensar ainda mais, e em mais pormenores relacionados com ela (chegando ao cúmulo de me exigir que pensasse numa azeitona preta), desisti.
Comi algumas, escrevi a palavra aqui e pronto.
E...
(Talvez seja melhor deixar esta parte para outra altura... até porque os médicos devem estar todos de férias. Convém não dar ênfase a ideias destas.)
Mas já repararam?
Azeitona
Que palavra deliciosa.
Basta um segundo
para saber que a tempestade se aproxima
Ainda com os olhos no chão
grita "Que venha!" num murmúrio
Olha na sua direcção e sente-a chegar
As mãos protegem o rosto
Apenas o rosto
Porque sabe que o resto pode ser fustigado
mas nunca o rosto
O maior tesouro guarda-o aí
e protegê-lo-á para sempre.
Saudade
Quando risco os teus dias em mim
com uma força tal que
de cada vez que o faço
sinto o calendário do meu peito rasgar-se.
Tenho uma teoria.
Não me lembro bem da data em que elaborei esta fórmula infalível, mas penso nela amiúde.
Ou melhor, tenho a oportunidade de confirmar a consistência desta possível lei.
Só não escolhi o nome com que vou registá-la. Ainda.
Quando a Maria nasceu, já tinha um nome destinado há quase nove anos.
Há aqui um ligeiro desvio à regra, não vou negar. Mas também tenho justificação para isso. Justificação, não! Uma teoria.
(Agora reparo: são duas teorias, não apenas uma)
Teoria 1
A probabilidade de um filho pedir um irmãozinho, aumenta com a idade. Do filho, bem entendido.
... ?
Sim, porque a nossa, a partir de um número à escolha, pára.
(Nem sei por que raio fui acrescentar "Do filho, bem entendido." ... Obriguei-me a disfarçar com um disparate ainda maior. Só me dou trabalho! Não percebo... Adiante.)
(E esta até devia ser a última, mas já é tarde para escrever coisas com sentido.)
(E afinal, passa a três teorias.)
Teoria 2
O meu próximo filh... Não... vou pôr esta em terceiro. Haja alguma lógica.
O nome, ou antes, o tamanho do nome dos filhos é directamente proporcional ao das mães.
Se a mãe tem um nome com muitas letras, o filho terá um nome com muitas letras. E o inverso.
Pensem em nomes de mães e filhos, e vejam se isto acontece, ou não, na maioria das vezes.
Vá, pensem lá, que eu espero.
...
...
Não é? Já viram a coincidên... a infalibilidade da minha teoria?
Teoria 3
Esta teoria (a dois)... (e talvez também a teoria 1, não sei. ainda não pensei muito nisso), pode sofrer alterações a partir do segundo filho. Normalmente, só o terceiro tem um nome que pode não obedecer à lei (a tal que ainda não tem nome).
No meu caso, por exemplo, confirma-se. A haver um terceiro filho, vai ter um nome maior.
E pronto. Era só. Espero que percebam a importância que isto, no fundo, tem para todos nós enquanto espécie e assim...
.. Mas tenho razão, não tenho?
Hoje é terça.
Belo texto...
Às vezes, uma frase diz tudo.
Outras, nem por isso.
22 Julho 2006 - 1 da manhã
Decidi ir buscar o telescópio esquecido na caixa (ainda por abrir) que foi o meu presente maior, no Natal de 2004.
Abri o livro de instruções de montagem e pensei "É só montar o telescópio. Amanhã fazes uma pesquisa sobre astronomia e aventuras-te pelo céu."
Está bem, está...
Depois de duas horas de uma aventura empolgante, a falar sozinha e a intuir de onde seria aquela peça e a outra e a olhar para a foto da caixa (onde aparecia apenas a parte superior da minha relíquia), por me parecer que o esquema de montagem (continuo a achar que aquilo era mais um desenho feito à pressa do que um esquema, mas enfim...) demasiado incompleto e confuso, finalmente estava pronto a usar. Fecho o livro de instruções. Olho para a capa. Estava lá o telescópio inteiro. Podia ter conseguido montá-lo em menos de metade do tempo.
Deve ter sido por isso que achei indecente acabar a noite assim, sem mais nada, depois daquela trabalheira toda. Absolutamente desnecessária. Era urgente a vingança.
Levei-o para o exterior, depois de uma pesquisa rápida num site de astronomia para amadores. Olhei para o céu. Havia uma estrela mais brilhante. Mais ou menos a sudeste. Ou talvez a sul... Bem, a norte não era e é a única certeza que tenho.
Orientei a lente para ela. Foquei-a. Um ponto brilhante. Maior do que alguma vez vi mas, ainda assim, um ponto brilhante. Vi outras, mais pequenas, menos brilhantes. Depois tentava vê-las a olho nú e... nada. Fascinante. Já vi estrelas que muitas pessoas não viram, quando olharam para o céu. Sou uma privilegiada.
Decidi fazer uma correcção ao ângulo de inclinação do telescópio. Aumentá-lo, para poder "espreitar" as estrelas lá mais em cima. Sem perceber, alterei a ampliação. Aumentei-a.
Quando voltei a passear pelo céu, devagar, muito devagar, passei por um ponto enorme e muito claro, apesar de pouco brilhante. O meu coração parou. A minha respiração parou. Voltei atrás, lentamente, e lá estava ele. Parecido com o da imagem (que é Neptuno) ali em cima, mas muito mais pálido.
"Um planeta! Isto é um planeta! Redondo, da côr da lua, enooorme... Só pode ser um planeta. Será Jupiter? Saturno?... Marte.... Está mais próximo de nós. Vénus é mais para aquele lado. Deve ser Marte. Eu estou a ver um planeta!"
Eram quatro da manhã. Estava exausta e houve um momento em que até achei que vi uma galáxia colorida (também estava com fome, ok?), a mover-se.
Voltei ao meu planeta. Estava mais pequeno e brilhava ainda menos.
(Não sei se abrevie isto e assuma de uma vez por todas as figuras tristes que às vezes faço, ou se tente que fiquem com pena e não se riam de mim, como eu fiz quando percebi a minha precipitação)
(O problema é que até chorei quando pensei que estava a olhar para um planeta)
(Optei, como já deu para perceber, por apelar à vossa piedade)
Resumindo:
Quando o meu telescópio está a olhar lá para cima com o máximo de ampliação,TODAS, repito, T-O-D-A-S as estrelas são redondas.
O lado positivo disto é que, se todas a estrelas aparecem como planetas perfeitos, e as estrelas estão a uma distância maior, no dia em que apanhar um planeta vou ver mais do que imaginava.
Para não falar da lua! Com uma lente especial para a observar e tudo.
Por falar em lua, é sempre quando preciso dela que desaparece.
Vou ter de esperar.
A próxima lua cheia, já sabem. É MINHA.
Continuo sem perceber, ao fim de menos de duas semanas e sob uma supervisão mínima, a quem pertence o mérito.
Terá sido o instinto maternal dela (que inclui baba em quantidades elevadas como presente imediato e contínuo, em cada encontro), ou a curiosidade e vulnerabilidade dele, mal disfarçadas com poses de altivez?
O mundo dos afectos é um mistério fantástico, é só o que vos digo.
... devo recomeçar por aqui?