Quinta-feira, 23 de Dezembro de 2010
53 é o número médio de abortos "legais", feitos diariamente em Portugal.
Tendo em conta que, em média, apenas uma em cada cinco fecundações
resultam em evolução para gravidez e a faixa etária da população que
mais tem aumentado é a de pessoas com mais de 65 anos, temos que:
Ou o nosso país tem um azar fenomenal com o uso de contraceptivos...
ou enlouquecemos de vez.
Não sei porquê, mas aposto na última.
Eu também aposto na última. Nessa e na falta de responsabilidade da maior parte dessas pessoas.
De NãoNãotemblognosapo a 24 de Dezembro de 2010 às 11:41
Um tema Natalício...
Alguma mulher fará um aborto de animo leve?
Deve ser um pouco mais desagradável do que ir ao dentista...
É fácil usar anticoncepcionais?
Uma relação sexual é um acto bem complicado.
Quantas emoções estão envolvidas?
Não se está só a arriscar engravidar. Também há o problema da SIDA, etc.
E apesar de tudo as pessoas às vezes não são capazes de fazer melhor.
Quem somos nós para atirar a primeira pedra?
De
S a 24 de Dezembro de 2010 às 17:16
É por essas e por outras que Mundo está com está.
Não me lembro de alguma vez ter dito que sou contra o aborto de uma forma fundamentalista.
Não sou contra o aborto. Cada um sabe de si.
Sou contra facto de se fazer do aborto uma intervenção legal.
IVG é crime. E é crime tanto no caso de a gravidez ter ocorrido por descuido como no caso de risco de vida para a mãe, ou fruto de violação.
É apenas o grau de culpa que varia.
Quem o faz, sujeita-se às consequências. Ou devia sujeitar-se. A todas.
A mim também me custaria mais matar uma pessoa, ainda que em legítima defesa, do que ir ao dentista (apenas para seguir o exemplo dado, porque até nisso tenho sorte. Nem ideia faço do que é uma dor de dentes.)
Por matar em legítima defesa deixa de ser crime?
É esse o ponto.
Essa desculpa é gira... Ah, e tal... são muitas emoções, o pessoal é jovem e não pensa...
OK. Também já me aconteceu. Três vezes, até. :)
Acção=Consequência
Onde é que está a dificuldade?
Feliz Natal!
De
on a 27 de Dezembro de 2010 às 12:22
Acção=consequência...
Quando eu dou um murro nos queixos de alguém doí-me quase tanto a mão como doí ao queixo da pessoa. Até corro o risco de partir a mão. Aqui sim, Acção=consequência.
No caso do aborto, a única consequência é a enorme perda que a pessoa provavelmente vais sentir, mais cedo ou mais tarde. A menos que seja uma psicopata.
O que é raro.
As outras consequências que consideras como "consequências" não o são propriamente. Pelo menos no sentido de leis naturais. E haveria algum outro sentido?
São as consequências que tu gostarias que o fossem.
E com este comentário dou por terminada a minha intervenção neste tema.
De
S a 27 de Dezembro de 2010 às 17:43
É sempre bastante complicado discutir um assunto com alguém que parte do princípio de que não tem nada a aprender connosco e que é dono da verdade... :)
Se a tua mente estivesse receptiva, colocarias a hipótese de estares a interpretar alguma coisa menos bem.
Acção » Consequência, tem a ver com o facto de que uma relação sexual, protegida ou desprotegida, resulta sempre em alguma coisa. É uma acção, logo, tem consequências. Às vezes, a consequência é não acontecer absolutamente nada.
Tenho muitas vezes a sensação, quando falo com pessoas que pensam como tu, que a gravidez é tida como uma espécie de peste, que se apodera das mulheres por osmose, ou alguma coisa do género.
Há contraceptivos que não obrigam a racionalizar num momento mais impulsivo.
Falando das consequências que tu achas que eu acho que deviam ocorrer: Não é preciso ser psicopata para se sentir alívio quando nos livramos de um problema.
Há muita gente que, como tu, se recusa a olhar para um zigoto, uma mórula, ou mesmo para um embrião e ver ali um ser humano completo em potência.
É muito fácil equacionar a hipótese de o eliminar, se nos for conveniente.
Até há uma justificação maior e tão nobre... "Antes agora, que nem sente, que é quase nada, do que depois ser rejeitado, maltratado ou passar fome."
Vamos fazer um jogo muito simples:
Conheces alguma mulher para quem tenha sido fácil (a palavra é mesmo esta) fazer um aborto?
Eu conheço.
Das que fizeram 3 ou 4 de seguida. Das que disseram "Que chatice, outra vez?! Pensei que estava protegida durante uns tempos, com a curetagem anterior."
Das que já tinham filhos e depois de 3 ou 4 abortos ainda tiveram mais filhos. Só não dava jeito antes.
Mas ainda bem que não tens nada a aprender comigo. Ainda bem que vives num Mundo muito melhor do que o meu. :)
De
S a 25 de Dezembro de 2010 às 12:51
Feliz Natal! :)
Este texto bonito. escrever é uma terapia natural que nos ajuda não só para lançar luz sobre os problemas, mas também para superar
Comentar post