Quinta-feira, 17 de Novembro de 2005
Hoje, a caminho do trabalho (não sei se sabem... ok.), vi uma funcionária da EMEL (Digo eu, que acho que só existe uma empresa deste género. Há mais?!) a escrevinhar um bilhetinho, enquanto olhava, com um ar absolutamente... nem sei... pronto, olhava... enfim... olhava para a matrícula do carro em questão.
Passou-me pela cabeça, naquele momento, que se eu fosse aquela pessoa, a única coisa que escreveria nos bilhetinhos seria uma anedota, no mínimo.
Ou "Tem um carro muito giro. Gasta muito? Deve gastar, para o deixar sem moedas...".
Ou "Apanhei-o!!! Confesse lá: Já estava a pensar no pior, não era?"
Ou então... sei lá.
O que quero dizer, é que me fez uma enorme confusão, ver até que ponto chega a noção de dever da maioria das pessoas. Como se todo o resto, à parte da função que cada um de nós tem, em sociedade, não fosse nada.
Como se não valesse a pena, ainde que esporádicamente, mandar as regras darem uma volta e fazer alguém feliz.
Às vezes, muitas vezes mesmo, sinto que isto tudo é cómico, de tão absurdo.
O ar sério que algumas pessoas apresentam, como se estivessem a fazer uma grande coisa.
Já agora, aproveito para dizer que não penso desta forma por me sentir lesada.
Nunca fui multada (oficialmente, não :) ). Tenho uma sorte imensa. Nem eu acredito na sorte que tenho.
Talvez seja o espírito natalício (esse lamechas) a apoderar-se de mim.
Mas nesse caso, garantidamente, o Natal pode ser todos os dias.
Para mim, é.
De Anónimo a 18 de Novembro de 2005 às 13:58
Pois é, Sofia, nada é linear. M
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De Anónimo a 18 de Novembro de 2005 às 13:34
Sim, M., por vezes... E também acho que cada um tem os seus princípios. Já vi estes papelinhos em carros parados à porta de Hospitais... :) Um dia, assisti a um episódio curioso: Uma pessoa que conheço cometeu uma infracção, no trânsito. Efectuou uma manobra perigosa, apesar de ter tido o cuidado de o fazer sem pôr em risco a integridade física de outras pessoas. Uma agente da autoridade assistiu a tudo, desde a intenção à concretização. No final, aproximou-se da pessoa em questão e fez o que tinha a fazer. Enquanto escrevia, foi dizendo que o facto de terem sido tomados todos os cuidados, não diminuía em nada a infracção. O condutor, admitiu o erro. Eu assisti, sem dizer uma palavra. No final, quando a insistência do condutor para que a multa não fosse passada já estava a tornar-se ridícula, apeteceu-me intervir. E disse "Assistir a uma manobra perigosa sem a impedir, e depois cobrar dinheiro ao infractor, é a noção de pedagogia da Polícia. É pena. Pensei que a Polícia tivesse outras funções.". Até hoje, a multa não foi enviada para a morada do infractor. Aquela agente será das poucas pessoas que não têm medo de perder o emprego? Não me parece. :)sofia
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De Anónimo a 18 de Novembro de 2005 às 10:07
Sofia, não achas que, por vezes, fazer um trabalho (o único que a pessoa arranjou e que detesta) seguindo as regras dessa mesma função e que lhe são exigidas pelos patrões, é uma forma de ela sentir o seu trabalho mais dignificado? E de não o perder? M
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De Anónimo a 18 de Novembro de 2005 às 00:03
Lamechas? Achas? :)))sofia
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De Anónimo a 17 de Novembro de 2005 às 17:15
(Ohhh.. eu adoro constelações, o Pai Natal e post's lamechas!!!) :) Beijinho*Milocas
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