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Just in Case
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Hoje, ao olhar para ela, lembrei-me.
Anos antes de ter nascido, já tinha o nome escolhido.
Maria.
Podia ter sido gerada anos antes, anos depois.
Mas seria sempre Maria.
Uns metros ao lado, estava a Marta.
E pensei:
A Marta poderia ter outro nome. Maria, por exemplo.
Tê-lo-ia se tivesse sido a primeira a nascer.
E seria Maria. Mas não seria A Maria.
A Maria é exactamente aquilo que imaginei que viesse a ser.
Quer dizer... talvez um pouco mais ainda, do que aquilo que imaginei. Mas isto já é outra coisa a falar.
E a Marta é muito diferente. Exactamente igual à Maria, na medida e na intensidade do que sinto por ela, mas diferente em tudo.
E o curioso, aqui, é que foi o acaso que deu o nome à pessoa a quem ele pertence.
Foi? Terá sido?
Não sei.
Mas sei que isto me levou a outra questão.
Até que ponto devemos questionar tudo o que acontece durante a nossa vida e tentar encontrar respostas racionais?
Não seremos e viveremos, acima de tudo, apenas o resultado de uma fórmula mágica, cheia de variáveis complexas, demasiado aleatórias para serem encontradas?
E a nossa vontade, será uma dessas variáveis?
Como poderemos explicar o facto de termos acreditado e sabido antes, que iriamos ter o que só depois tivemos?
Mas a questão principal, que devemos todos colocar-nos neste momento e que pode, de facto, revelar-nos a resposta a todas as dúvidas, é:
Será que quando o wasabi está demasiado forte, isso nos tolda a razão e nos leva a escrever textos deste género?