Nem perguntem...
A partir de agora, qualquer palavra que insista em não sair da minha cabeça, tem o destino traçado.
Com esta, ainda tentei negociar. Mas depois de perceber que, em vez de ajudar a eliminá-la estava a pensar ainda mais, e em mais pormenores relacionados com ela (chegando ao cúmulo de me exigir que pensasse numa azeitona preta), desisti.
Comi algumas, escrevi a palavra aqui e pronto.
E...
(Talvez seja melhor deixar esta parte para outra altura... até porque os médicos devem estar todos de férias. Convém não dar ênfase a ideias destas.)
Mas já repararam?
Azeitona
Que palavra deliciosa.
De
Carmen a 30 de Julho de 2006 às 10:25
E pronto Sofia... já percebeste o princípio das palavras que nos trotam na cabeça sem sabermos muito bem porquê!!!! Sabes que isso tipo de palavras insistentes, persistentes estão na origem dos melhores livros, dos mais belos poemas...
Por isso, não deixes nunca de lhe dar ouvidos... nunca sabe, pois nâo!!??!!
BJOS
De
S a 30 de Julho de 2006 às 17:05
:)
Na volta, isto é um sinal para escrever um livro sobre... agricultura? :)
Ou talvez um poema sobre... o Alentejo! Claro! :)
Eu sei de onde vem esta palavra. E é curioso, por um lado, mas assutador por outro. O lado esquerdo é o assutador. (E depois, esta mania insuportável de me sairem metáforas, alegorias, sentidos figurativos... O lado esquerdo é o lado do coração. Podia ter dito isto, em vez de apenas... enfim!) :)
Eu nem tenho tenho tempo de lhes dar ouvidos, Carmen. Elas chegam e, sem pedir licença, já têm lá os sentidos todos. :)
Não me chateia nada que as palavras e as ideias surjam assim, em código. Como são minhas, percebo-as logo. O problema, é que depois tenho de as descodificar de uma forma que não torne a coisa demasiado evidente. Por uma questão de reserva pessoal. Neste caso, da azeitona, era completamente impossível. Valeu-me o facto de a própria palavra ter uma fonética muito agradável. :)
A ti, acontece como? É uma ideia, ou também aparece apenas uma palavra, à volta da qual vais tecendo o poema?
De
Carmen a 31 de Julho de 2006 às 11:20
Ui Sofia... a pergunta que me foste fazer????
Vamos lá se te consigo responder mais ou menos resumidamente, senão não é hoje que saimos daqui!!
Então é assim... eu sou completamente assediada por todos os meus sentidos, uma palavra que se ouve, um gesto que se vê, um livro que se lê, uma emoção que se sente, algo que se vive... como te posso dizer??? Acho que a vida em geral é fonte de inspiração, e depois é como tu dizes, quando a ideia ou palavra se instala em ti e se agarra ao teu cérebro com unhas e dentes, não tens outro remédio que aceitar ser o seu "instrumento"... é a ideia que te utilisa para ser posta em prática e não o contrário!!!!!!!!!!!!!!!! Não sei se o que eu digo terá alguma lógica mas é assim que as coisas se passam comigo...
Logo me dirás se contigo é diferente!?!
BJOS
De
M a 1 de Agosto de 2006 às 18:04
Azeitona com broa, azeite, bacalhau à lagareiro. Hum! Que bom! :-)
De
S a 3 de Agosto de 2006 às 01:21
Azeite, azeite... e broa! E bacalhau... à qualquer coisa! É sempre óptimo. Assado. Delicioso! :)
De
S a 3 de Agosto de 2006 às 01:16
:) É semelhante. Nunca escrevi ou pensei em alguma coisa com o objectivo de construir. Parece que aparece já feito, envolto em nevoeiro. É só olhar lá para dentro e puxar cá para fora, que é como quem diz, ir pensando em palavras ou frases e ver com quais delas o nevoeiro desaparece.
Com palavras, é das primeiras vezes. Normalmente eram ideias sobre momentos, emoções.
Agora aparecem azeitonas! :)
E quanto tempo até chegar ao resultado final, normalmente?
Bjs
De
M a 1 de Agosto de 2006 às 18:02
Estou a gostar imenso deste vosso diálogo. Tens a simplicidade em ti, Sofia. Que maravilha! E essa tua amiga é uma ternura.
De
S a 3 de Agosto de 2006 às 01:25
Oh, M. ... :) A simplicidade. Tão bom ouvir isso. :)Sempre me disseram que sou complicada. E eu estava a começar a acreditar.
A Carmen é uma ternura, sim. Absolutamente de acordo. :)
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