Segunda-feira, 29 de Julho de 2013
Eu devia ganhar um Nobel pela genialidade das minhas ideias...
A meditação transversal é assim:
OM... I God.
Palmas para mim.
Quinta-feira, 25 de Julho de 2013
Tudo aquilo em que toco se transforma em ouro.
Quarta-feira, 24 de Julho de 2013
Não sei bem porquê, mas não publiquei.
Quinta-feira, 18 de Julho de 2013
É raro o dia que passa e que não me surpreende de alguma forma. Sou uma sortuda, eu sei.
Quinta-feira, 11 de Julho de 2013
Enfrentar o medo.
Nunca senti isto. E pela primeira vez, escrevo enquanto um pedaço de
mim está adormecido numa marquesa de um bloco operatório. Não há
rigorosamente mais nada que possa fazer neste momento. Escrever
acalma-me. Estou simultaneamente tranquila e aterrorizada.
Eu sei que vai correr tudo bem. É outra coisa. É sabê-la ali e ter
visto como um choro de dôr e de medo se transformou numa fracção de
segundo em nada, num rosto impávido. Era o meu maior receio, que não
adormercesse tranquila. Não tenho noção das horas, do tempo. Sei que
quando acabar de escrever isto vou para a porta do bloco esperar por
ela. Tenho de estar serena quando ela acordar. Já consegui controlar
as lágrimas. Ainda dizem que ser controladora não é bom... Talvez isto
seja apenas instinto. E eu nasci cheia dele. Nada mais me importa
neste momento. O Mundo pode explodir agora, que nem vou dar por nada.
Estou a enfrentar o medo.
E estou a portar-me muito bem. Ela vai ficar orgulhosa de mim.
Como eu estou orgulhosa dela.
Até já, meu amor. Estou aqui contigo. Sempre contigo.
Nunca senti isto.
Quarta-feira, 10 de Julho de 2013
Lembro-me de ser criança e da curiosidade enorme que sentia pelas
pessoas. Por todas as pessoas, mas mais pelos adultos e muito mais
pelas mulheres. Lembro-me de reproduzir os seus gestos, quando
brincava.
A forma como as mãos das mulheres prendiam as pegas presas na parte
superior dos autocarros públicos. As mulheres e os sacos, sempre com
sacos. Os carrinhos de bebé (um fetiche com um impulso para o consumo
que conservei até, inquestionavelmente, já não precisar de um, porque
os meus bebés, as minhas bebés, cresceram entretanto) sempre cheios de
coisas penduradas, que as mulheres empurravam na rua. A forma como as
mães levavam os filhos pequenos à água, na praia. E as malas e as
carteiras das mulheres (outro fetiche) e a magia do ruído que faziam
os fechos, ao abrirem ou fecharem. As coisas que tinham lá dentro. A
forma como os dedos das mulheres pegavam nessas coisas. Imaginava as
vidas. As vozes. As conversas entre as mulheres.
Acontecia uma coisa estranhíssima quando me transformava numa delas ou
em várias ao mesmo tempo, nas minhas brincadeiras solitárias: o meu
corpo era sempre percorrido por um arrepio demorado.
A única ocasião em que isso ainda acontece, actualmente, é quando
entro cheia de frio para o duche e a água quente me toca. É uma
sensação estranha, como era antes.
Estes pormenores já eram tão evidentes para mim, na altura, apesar de
não ter ainda a capacidade de racionalizar que tenho agora.
Talvez a origem de me sentir ainda muito próxima da infância seja
essa. Naquele tempo, como agora, estou sempre muito acordada, muito
atenta, muito desperta.
Mas esperta não. Nunca fui esperta.
Intriga-me o D que me impediu de ser esperta.
A análise passiva e quase compulsiva a sobrepor-se à acção. A
curiosidade, a nítida preferência pelo saber a baterem a ambição do
querer ter ou fazer.
Hoje, como antes, raramente me manifesto. Absorver é prioritário.
Há pessoas assim. E eu sou uma delas. Não sei porquê.
Factor D é o nome que dou à consciencia mais aprofundada das coisas.
Comecei a escrever este post há dois dias. Não sabia qual era o
sentido. Não encontrava forma de o concluir. Só hoje percebi.
Este post é sobre o medo, porventura tanto maior quanto maior é a
consciência que temos das coisas.
Hoje gostava de ser apenas esperta.
(Vai correr tudo bem, Martinha. Eu percebo o teu medo e o meu. Estamos
nisto juntas. Vamos entrar e da mesma forma vamos sair. A minha mão na
tua e o meu coração abraçado ao teu.)
Terça-feira, 9 de Julho de 2013
Por mais que tente, não consigo perceber a lógica.
Ou melhor: percebo a lógica e o problema é mesmo esse.
Porque a lógica está errada.
Faz algum sentido que interesses políticos (entre outros) se ergam
acima da corajosa honestidade (e ingenuidade enternecedora) de um
homem?
Asilo político? Isso é pouco.
Eu nem pensaria duas vezes em fazer tudo o que estivesse ao meu
alcance para ajudar Edward Snowden a libertar-se de vez da perseguição
dos prepotentes (também se pode dizer palhaços, não pode?) paranóicos
e violadores de privacidade dos americanos (NSA, come and get me...).
Por isso, Snowden, se ajudar, é só enviarem os papéis que eu assino.
Dupla nacionalidade ou uma identidade nova, o Verão aqui está quente,
a Lua de Mel pode ser em França, Espanha ou Itália, mas vamos primeiro
à Bolívia buscar o avião presidencial e passamos o tempo todo a
sobrevoar e a fazer aterragens de emergência, para ter mais piada.
Quanto aos papéis, pelo sim pelo não, é melhor que sejam enviados por
pombo correio disfarçado de cão vadio...
Sábado, 6 de Julho de 2013
João Catalão.
Inspirador.
Tão inspirador que me surge de imediato a vontade de alinhar no espírito.
UAU ME ? Óptimo.
Resumindo o espírito da coisa: UEU!
E está criado o meu lema deste Verão.