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Just in Case
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Adversidade
"Das ocorrências indesejadas, falando de maneira genérica, algumas acarretam naturalmente dor e vexação, mas, na maior parte dos casos, é falsa a noção que nos habituou a nos enfadarmos com elas. Como específico contra este tipo de ocorrência, é conveniente ter à mão um dito de Menandro: «Nada te aconteceu de facto enquanto não te importares muito com o ocorrido». Isso quer dizer que não há motivo para o teu corpo e a tua alma se mostrarem afectados se, por exemplo, o teu pai é de baixa extracção, a tua mulher cometeu adultério, tu mesmo te viste privado de alguma coroa honorífica ou privilégio especial, pois nada disso te impede de prosperar de corpo ou alma.
Para a primeira categoria - doenças, privações, a morte de amigos ou filhos -, que parece acarretar naturalmente dor e vexação, esta linha de Eurípedes deve estar à mão: "Ai! por que ai? É o quinhão da mortalidade que nos coube". Nenhum outro argumento lógico pode romper de forma tão efectiva a espiral descendente das nossas emoções, do que a reflexão de que somente através da compulsão comum da Natureza, um dos elementos da sua constituição física, é que o homem se torna vulnerável à Fortuna; nos seus aspectos principais e essenciais, permanece seguro."
Plutarco, in 'Do Contentamento'
Ausência
"Não julgues as coisas ausentes como presentes; mas entre as coisas presentes pondera as de mais preço e imagina com quanto ardor as buscarias se não as tivesses à mão. Mas ao mesmo tempo toma cuidado, não seja caso que ao deliciares-te assim nas coisas presentes te habitues a sobrestimá-las; procedendo assim, se um dia as viesses a perder, davas em louco rematado."
Marco Aurélio, in 'Pensamentos'
Vontade
"A doença é um estorvo para o corpo, mas não para a vontade se ela não o desejar. O ser-se coxo é um estorvo para as pernas, mas não o é para a vontade. Assim pondera todo e qualquer acidente, e chegarás à conclusão de que o acidente estorva sempre uma ou outra coisa - e que só para ti, movido de vontade, não é estorvo de espécie alguma."
Epicteto, in 'Manual'
(Por agora, chega.)
(Vou voltar para o sol.)
"Esquecer uma mulher inteligente custa um número incalculável de mulheres estúpidas."
António Lobo Antunes in Livro de Crónicas, 1998
...
Uma mulher nunca consegue esquecer um homem inteligente.
Não se nota, mas está uma estrela enooorme ao lado dela.
(Espero que amanhã ainda esteja. Já lhe disse para não se mexer.)
"Converte-te numa pessoa melhor e assegura-te de saber quem és antes de conhecer mais alguém e esperar que essa pessoa saiba quem és."
Gabriel Garcia Marques
Este é o dia em que o que queremos muito, sabe a do it
(Para o que me havia de dar...)
Def Leppard
(muito bom para não pensar baixinho em nada)
Tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo
tudotudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo tudo
...
tudo.
Já está!
(Amanhã já devo estar melhor.)
Como acho que nunca serei atingida por essa coisa que designam por "esgotamento nervoso", reservo-me o direito de deduzir que devo estar com um "enervamento esgotado".
Uma semana sozinha comigo quase me enlouqueceu.
Tanto tempo sem descansar de mim própria dá-me para produzir nada de jeito em excesso.
Disparo para todos os lados, apenas.
Estou cansada de descansar. Sinto a vossa falta, miúdas.
O mundo, sem vocês, gira ao contrário. Deixa-me tonta.
E nem sei se essa história de uma de vocês ter criado uma mãe imaginária (mesmo sendo "igualzinha" a mim porque dá beijinhos e muitos abraços) me favorece ou não.
Por isso, e pelo sim pelo não, amanhã vou atafulhar-vos de abraços e beijos quando vos vir.
Se apertar demais, azar.
Estou com um enervamento esgotado, a culpa não é minha.
...
PS: Já percebi tudo! Isto é cíclico. Este ano foi uma semana mais cedo. Não tive tempo para me habituar...
"Antigamente todos os contos para crianças terminavam com a mesma frase, e foram felizes para sempre, isto depois de o Príncipe casar com a Princesa e de terem muitos filhos. Na vida, é claro, nenhum enredo remata assim. As Princesas casam com os guarda-costas, casam com os trapezistas, a vida continua, e os dois são infelizes até que se separam. Anos mais tarde, como todos nós, morrem. Só somos felizes, verdadeiramente felizes, quando é para sempre, mas só as crianças habitam esse tempo no qual todas as coisas duram para sempre."
José Eduardo Agualusa, in 'O Vendedor de Passados'
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E eu não sou criança!
Mas sou verdadeiramente tudo o resto.
Isto, meus caros, é uma formiga a arrastar um pedaço do MEU chocolate.
Não necessariamente por esta ordem.
(Sim, fotografei. Tenho por hábito agir com base no "just in case...")