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Just in Case
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"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."
Friedrich Nietzsche
De repente, quando me preparava para escrever as palavras que me acompanharam durante grande parte do dia...
...
O facto, é que a ideia não era nada de jeito, e consistia, básicamente, em denegrir a imagem das mulheres que se sentam ao volante de um carro e, não sendo suficiente darem motivos aos homens para se rirem delas, os dão também a outras mulheres.
Isto chateia-me profundamente. Porque apesar de ser machista, até gosto de defender as mulheres. E detesto quando...
Pronto, já me lembrei. E descobri o motivo da amnésia. Mas não me lembro qual é... Agora, só me lembro do que queria dizer.
Hoje, quando ia tranquilamente pelo atalho do costume (que embora tenha dois sentidos obriga a manobras de desvio dos outros carros), cruzei-me com uma condutora numa zona em que cabia apenas um carro. Parámos as duas. Ligeira descida - no sentido em que vou -, após curva com visibilidade reduzida (Acabo de perceber que passei ao lado de uma grande carreira. Que multas com estilo, seriam as minhas!..).
Pelas regras do bom senso, seria mais simples que o carro que sobe descaia ligeiramente para permitir a passagem do outro, correcto?
Não. Para aquela condutora, não.
Sorrio. Ela não mexe um fio de cabelo, expressão fechada. Atrás do carro, uma moto.
Eu podia olhar para o lado, apanhar um objecto imaginário do banco de trás, ou aproveitar para arranjar as unhas e deixar passar algum tempo. Se fosse um homem, tê-lo-ia feito, provavelmente. Mas como era uma senhora, nem pensei muito. Recuei ligeiramente, e encostei-me o máximo que consegui à berma da estrada.
O condutor da moto que podia ter aproveitado para passar, entretanto, preferiu continuar a gozar o prato e esperou que a senhora avançasse, atrás dela. E assim foi. Avançou, mas para o meio da estrada, fazendo com que eu tivesse de recuar ainda mais, para acabar com o impasse.
Claro que passei do sorriso afável para o sorriso 33.
"Mais?", cheguei a perguntar com ar de quem está disposta a fazer um desenho. A 0,5 Km/h, lá passou ela por mim.
Confesso que não sou de prolongar momentos destes, mas como percebi logo que não me ia agradecer, aproveitei o momento em que os nossos olhares se cruzaram, carros lado a lado, para dizer "Obrigada!", ficando o "também para si" subjacente.
E foi isto que me chateou. A falta de agradecimento, de espírito de equipa, do "umas para as outras", de humildade. Não se pode guiar mal e não ser humilde. Isso pode ser confundido com arrogância, sabem?
Quando a moto passou por mim, pude ver ainda um resto do sorriso 34 (pior que o meu, portanto) do condutor, quando me disse "Eu podia passar pelo outro lado, com o espaço que ela deixou!" ficando o "Estas mulheres...." subjacente.
E foi isto que me deixou fora de mim. Ele tinha razão.
...
Depois admiram-se que, quando se discute a paridade, no parlamento, e algumas deputadas contestam intervenções de um deputado, se oiçam coisas como "É esta a vossa ideia de paridade? Ter uma deputada aos gritos no plenário?"
Por muito condenável que possa ser, sou obrigada a achar piada, para não ter de concordar.
"Tudo tem um fim.
Excepto a salsicha, que tem dois."
??
...
Pois.
Não vás...
(Não me obrigues a preencher aquilo ali em baixo, da "música", e do "sinto-me"...)
(Ah, vais?! Ok. Tu é que sabes.)
Teorias à parte, apetece-me dizer que acabei de descobrir que tudo é relativo.
E é. Sei-o. Só não acabei de o descobrir. Já sabia.
As estrelas estão lá, seguramente. Eu é que não as vejo, por algum motivo.
...
...
(Bolas!, isto deve ser mesmo muito profundo! Nem eu entendo o que acabei de escrever...)
Sempre adorei os dias 23...
Bom dia a todos.
Novinho em folha!
(Preciso mesmo de me dedicar a isto...)
...
Desculpem o atraso...
Mas EU TRABALHO!
Adoro-te, adoro-te, adoro-te... adoro-te.
Tu sabes.
Alguém viu a primavera, por aí?
Estou à espera dela...