Domingo, 31 de Julho de 2005
Há relativamente pouco tempo emiti uma opinião precipitada, a propósito de uma música, num post da minha Lyra.
...
Pois é.
Voltei a mudar de ideias. Afinal, gosto da música.
Nããão...!
Claro que não...!, que disparate!
Tem lá agora!!
Que absurdo!!
Não tem nada a ver com o facto de ter, finalmente, visto a carinha do Nuno Norte...
Acho que me precipitei...
Fiquei sem proa...
E agora?
Sexta-feira, 29 de Julho de 2005
Desculpem, voltei a mudar de ideias.
Prólogo:
Não sei se mencionei este acontecimento num post, ou num comentário. Mas tenho quase a certeza de ter falado nisto aqui (Não me apetece dar-me ao trabalho de ir confirmar).
Há uns dias, quando me preparava para estacionar o carro, perto do meu local de trabalho, reparei que não vinha nenhum carro atrás.
Travei, pisca para a direita, e marcha atrás, acto contínuo.
Apercebi-me, então, que se aproximava um táxi a uma velocidade lenta, com o condutor a olhar para o passeio, motivado pelo gesto de uma mulher que solicitava os seus serviços.
O táxista, cavalheiro, foi deixando o táxi aproximar-se da traseira do meu carro, para encurtar o caminho de acesso, à cliente. Fiquei como estava, a apreciar a cena.
A mulher entra no táxi, fecha a porta, e o táxista, finalmente, lembra-se de olhar para a frente.
Obviamente, com a curta distância que separava a frente do táxi da traseira do meu carro, ele não conseguia ver a luz laranja, a piscar... a piscar...
Fez-me sinal, como quem diz "Então?!". Eu, pelo retrovisor, respondi-lhe com os olhos "Então também para si, amigo.". Passou para os gestos, descoordenados na minha modesta opinião.
Olhei para ele, desta vez por entre os bancos da frente, e apontei para o lugar vago, mesmo ao lado dele.
Lá se convenceu de que, se não saísse dali, eu também não saía. (Reparem!, eu não saía, porque tinha um semáforo à minha frente, encarnado, que me impedia de avançar... Ok, entretanto já devia ter ficado verde, mas eu tenho o meu orgulho!!).
Furioso, como só um bom táxista sabe ficar, lá arranjou forma de pôr o carro dele paralelo ao meu. Abriu o vidro do lado direito (Felizmente, era eléctrico. Se não fosse, eu não ia conseguir controlar o riso...) e chamou-me um nome feio. Acho que ia chamar um muito feio. Mas fui muito rápida no meu sorriso nº 3, que associa manipulação a sedução, e só é usado em casos extremos.
A vida foi injusta comigo, nesse dia.
(O prólogo já acabou há imenso tempo, mas enretanto, esqueci-me de fazer referência ao seu término e, mais uma vez, não me apetece ir lá atrás para deixar a coisa bem feita.)
Hoje, quando saí do trabalho - não sei se já tinha dito, mas eu... exactamente! -, entrei no carro e uma luz de aviso do nível de qualquer coisa, indicou-me que era melhor não arriscar. Como vinha cansada, nem pensei duas vezes.
E fui buscar a embalagem do óleo lá atrás para repôr o nível. Ok. Levou quase um litro. Quando verifiquei o nível, na vareta, obtive a confirmação de que estava a precisar. Passados uns segundos, o nível estava óptimo.
Entro no carro, e a luz novamente acesa. Pensei "Bem, és um pouco lento a assimilar informação, mas não há problema. Eu espero."
Luz acesa. Luz acesa. Luz acesa.
"Queres ver que a luz desfundiu-se? ("des"= contrário, boa? Inventei agora mesmo!)
Aproximei-me e vi a lâmpada de Aladino. Apagadinha.
"Olha! Enganei-me! Não era a do óleo. Então..."
Ah, óptimo! Radiador. Vamos lá então, recomeçar (Por acaso, até suspirei de alívio, porque no atesto do óleo, não fiquei com as mãos suficientemente sujas. Nova oportunidade. Que bom! A sério. Adoro ficar com as mãos cheias de óleo, quando mexo no motor.).
"Ora então, agora é muito simples... desenroscar a tam... desenroscar a t... D-E-S-E-N-R-O-S-C-A-R-A-T-A-M... Raios!! Olho à minha volta, relógio, quase onze da noite, o Técnico ali tão perto... "Bonito!", pensei. "Vou ali pedir às meninas se me emprestam o cliente por uns minutos, só para abrirem aquela porcaria...".
Tento novamente. Nada.
Olho para o lado, e que vejo eu?! Um táxi, parado no semáforo. O TAL semáforo.
- Desculpe, pode ajudar-me a abrir o radiador? (Sorriso nº 2, nunca falha!!)
- Claro!
Deu voltas, e mais voltas. Nada.
- Não abre mesmo, não é? Deixe estar. Obrigada, de qualquer forma.
- Tem um martelo, ou qualquer coisa para bater?
- (Oh, meu Deus! Isto, só a mim...) Tenho aqui uma lata. Serve? (Ri-me, sem dar muito nas vistas).
E lá foi o táxista à mala do táxi, enquanto eu fechava a minha.
Não sei o que fez, nem como fez. O que interessa, é que a tampa estava inteira, intacta, e desenroscada.
E pronto. Neste momento, eu e os táxistas temos as contas acertadas.
Afinal, a vida é justa. Por mais que eu queira admitir o contrário.
Faz-me sentir tão próxima de Galileu...
A vida é injusta...
... e contudo, ela move-se.
Quarta-feira, 27 de Julho de 2005
A vida, às vezes, é injusta. Outras, nem por isso.
Para quem a vida já foi injusta, o meu abraço apertado, de compaixão.
Para os outros...
Para os outros...
Não.
Um abraço apertado para mim também.
E agora, com licença.
Vou ver um programa qualquer, que mostre umas leoas a caçar gazelas...
... e não vou fechar os olhos.
(É bem provável que tenha havido uma infiltração no meu cérebro, depois desta chuva...)
A chuva deixou-me assim.
Este blog vai ser inundado pelo vazio.
Sou demasiado orgulhosa, para pedir a alguém que me dê ideias, sobre o que escrever.
(Vejam lá no que eu me estava a meter... estou mesmo a precisar de ir à consulta...)
(Como se eu precisasse de ideias!)
( Não preciso. Querem ver?)
A chuva, finalmente, caiu.
Isto faz-me ter tantas ideias, sobre o que escrever, que nem sei por onde começar...
Vou pensar.
Já volto.
Terça-feira, 26 de Julho de 2005
(Está bem, pronto... Confesso que não fui eu que fiz...)
(Pronto, está bem... Admito que a Maria desenha (muito) melhor que eu...)
Segunda-feira, 25 de Julho de 2005
Acho que vou publicar um desenho, para encher mais isto...
Domingo, 24 de Julho de 2005
Hoje fui à praia...
Sexta-feira, 22 de Julho de 2005
Quinta-feira, 21 de Julho de 2005
Sabias que adoro esta língua, Lyra?
Claro que sabias. Somos gémeas!
Obrigada. É lindo!
"Yo creo que en todo el cuerpo habitan pensamientos, aunque no todos vayan a la cabeza y se vistan de palabras. Yo sé que por el cuerpo andan pensamientos descalzos. Cuando los ojos parecen estar ausentes porque su mirada está perdida y porque la inteligencia se ha retirado de ellos por unos instantes y los ha dejado vacíos, y mientras los pensamientos de la cabeza deliberan a puerta cerrada, los pensamientos descalzos suben por el cuerpo y se instalan en los ojos. Desde allí buscan un objeto para clavarle la mirada y parecen víboras que hipnotizan pájaros"
Felisberto Hernández
Eu ofereço-te isto:
É TEU!