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Just in Case
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Era um texto e pêras.
Todo ele fluía, cheio de certezas, de considerações plenas de sentido.
Era.
Mas já não é.
Pareceu-me ver.
Finalmente, um cabelo da cor da neve! Já sou crescida. - pensei.
Antes de ligar à minha mãe a reclamar da vida, por tamanho mal me ter atingido (sim, porque eu sou extremamente querida e tento sempre disfarçar a minha alegria, quando me acontecem coisas "normais" que era suposto terem acontecido muito antes), dizia eu que antes de falar com ela e de lhe perguntar se o tamanho do cabelo em causa conta alguma coisa para a validade da situação, dissertei.
"Faz sentido. Terminei a minha obra. Três obras de arte. Perfeitas, q.b.
A última, a Madalena, adoeceu pela primeira vez. Ao fim de dez meses, é bom. O facto de ser a terceira, em nada diminuiu a preocupação. Para mim é sempre um drama. O medo lembra-se sempre de me visitar, nestas alturas. Apesar de tudo... nem foi assim tanto.
Mas faz sentido. Agora, já posso começar a envelhecer.
E a parte gira disto, é que eu sabia. Tinha de saber.
Já tive medos maiores, já tive dissabores, desilusões, coisas péssimas.
Mas, de alguma forma, eu devia saber que não podia começar a envelhecer.
Faltava-me ainda criar qualquer coisa.
Fascinante!"
Fiquei a saber que o tamanho não importa (tendo em conta que estamos a falar de um fio de cabelo - achei importante esclarecer), e que vale de qualquer forma.
E vinha aqui oficializar.
Vinha.
Porque quando fui confirmar, o mundo inteiro ruiu. É apenas um cabelo mais claro. Muito claro, mas apenas isso. Não é branco.
Agora, das duas uma:
Ou a minha teoria foi completamente por água abaixo, ou ainda me falta fazer qualquer coisa.
Talvez seja melhor ir ver se já acabei os T.P.C. ...